quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Canção de Fogo e Bocais - Franklin Maxado

Já escrevi que o Presidente Lula é como o amarelinho Cancão de Fogo da Literatura de Cordel, um anti-heroi que é esperto e vive sem ter estudo. Já Bocais, também é um personagem do Cordel e a popularização do poeta português José Maria Barbosa Du Bocage, transplantado para cá como um elemento ladino que também vence com inteligência. Outros poetas também popularizaram no Cordel o Luis de Camões como o personagem Camonge.
Há outros tipos de anti-herois no Cordel como João Grilo, Pedro Malazartes, Vicente, o Rei dos Ladrões, o Sabido sem Estudo, Zé Catureba, entre outros chamados malandros nordestinos.
Assim, o Senador Sarney encarna bem o Bocais. Oriundo da antiga UDN, largou o barco dos militares quando sentiu que ia entrar água e aceitou ser Vice na chapa de Tancredo Neves para Presidente. Este adoeceu estranhamente no dia de tomar posse e Sarney assumiu governando os quatro anos do mandato e mais um quinto conquistado após fazer tudo para vergar os deputados , inclusive gastando demais o Tesouro Público, o que deu uma inflação brava.
Passando para o PMDB, foi eleito Senador pelo Amapá continuando a mandar no seu Estado, o Maranhão, com sua família. Assim, passa crise e entra crise e Sarney está firme e por cima, inclusive entrou na Academia Brasileira de Letras como escritor imortal tendo o romance “Marimbondos de Fogo”como seu livro-chefe. De fato, é um letrado que pode fazer frente a Lula, porque o restante ele já botou no bolso, inclusive o “culto e poliglota” Fernando Henrique Cardoso.

SARNEY PARA SE COÇAR

O Presidente Lula se saiu de defender o Senador José Sarney das acusações de maracutaias que tem feito na carreira política e como Presidente do Senado. Agora mesmo lavou as mãos para não se contaminar com a gripe dos porcos dizendo que ele vota em São Paulo e não ajudou a eleger José Sarney nem também para Presidente daquela Casa. Acha que o povo é quem deve cobrar do Senado. Esta lavação é naturalmente com álcool, pois o caso do dr. Sarney coça mais do que sarna e pega mais do que a gripe suína. O maranhense dr. José Sarney é do costume de donatário das capitanias hereditárias que a gente estuda na Historia do Brasil. Assim, confunde patrimônio público com particular. Nomeações de parentes, atos secretos, desvio de verbas, tudo isso não vai dar nada e arranjou o colega Duque para arquivar tudo. Sarney continuará sorete no alto da Presidência. Todo mundo ali tem culpa no cartório e até o ex-Presidente Collor não caça mais marajá e o defende com unhas, dentes ... e olhos.


TOME FLU !

Com essa onda de gripe suína, o Touro do Sertão não quer ficar atolado no chiqueiro da Serie D. Acho que tomou o tal remédio Tomiflu e não se flu. Agora, vai entrar no mata-mata, terça-feira enfrentando o Tupi de Minas Gerais.


ARRANCANDO “RANQUEAMENTO”

A Assessoria de Imprensa da Prefeitura distribuiu um “press-release” em que noticia que os ovinos terão “ranqueamento”. Devido ao prestígio do órgão, os jornais e emissoras transcreveram o comunicado oficioso ( é um dos sinônimos de “press-release”) e não explicaram o que é “ranqueamento”. Fui ao “pai dos burros” e o dicionário também não dá. Deve ser uma palavra nova derivada de algum procedimento ianque que tem “charme” e “status” ao escrever e falar. Também, crio ovinos (ovelhas) e não sei o que é. Talvez, por ser pequeno criador e não selecionar.
Como jornalista da velha escola do “Jornal da Bahia”, fui formado que essas palavras de uso não costumeiro deveriam ser traduzidas para uma linguagem popular ou mais entendível pelo leitor comum. Não deveria o texto ser pedante ou erudito. Entretanto, o Jornalismo feirense, está primando em falar ou escrever difícil, mostrando erudição. Como nas páginas policiais, ao invés de dizer simples ou compreensivelmente morreu, se escreve sempre que “veio a óbito”. Talvez, seja um fato que chame mais a atenção pelo “charme” ou desperte a imaginação do leitor comum para o tipo de morte que teve.


PARA O ‘NÚ’ DO “COLEGA’ ZÉ COIÓ

Já mandei minha resposta na quarta-feira passada por email para o sr. Zé Coió ( José Carlos Pedreira) em defesa minha ao “Comentário da Semana: O Homem Nú Ataca de Novo” que saiu sem assinatura em seu Jornal Noite & Dia da semana retrasada . Acho que não é censura. Como ele ainda é do tempo da máquina datilográfica, talvez não tenha recebido pois não considero aquele órgão como jornaleco, boletim ou pasquim e ainda dê um ar de sua graça, embora seu diretor já escreveu que em seu jornal,” o anunciante sempre tem razão” quando saiu alguma nota sobre o ex-Shopping Iguatemi. Aproveito para adiantar que a palavra “Nú” não tem acento como saiu publicada.

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